Não é caso para nomear. Mas é um ponto crucial de todo o processo de produção do Trevas. Muitas pessoas deixaram a produção na mão por não...
... dar a devida atenção ao projeto. Acredito que até hoje em dia muitos irão pular do barco, seja por não serem empreendedores, seja por não serem de confiança.
O projeto surgiu quando estive em São Paulo pela primeira vez. Quis criar um personagem com apelo ao popular e macabro. Surgiu o DUGPA.
Quando em 2009, já na pós graduação em Pós Produção em Cinema, TV e outras midias da UNA em Belo Horizonte, comecei a vislumbrar a possibilidade de dar vida ao personagem.
Sugeri para alguns amigos da Pós Graduação de realizarmos um episódio piloto, o mais bem feito possível, para que nos servisse não somente como artigo de conclusão de curso, mas também como princípio de inserção no mercado e criação de nome profissional.
Algumas pessoas pareciam ter comprado a idéia. Até que veio a guerra.
Os dias de preparação para a luta já não houve envolvimento. Tudo parece ser muito menor quando não damos crédito. Não que o Trevas seja a maior franquia que existirá nos meios de comunicação, mas, que para a realidade daqueles profissionais em formação, certamente, era a maior oportunidade que tínhamos naquele momento. E hoje é o melhor que eu tenho já realizado em minhas mãos.
Da falta de envolvimento veio o total distanciamento de alguns. As produções combinadas e todo o esforço de atrair as pessoas para o cerne do núcleo criativo falhou. Talvez por falta minha, talvez por desinteresse alheio. Prefiro a segunda opção, por ter conseguido o apoio de dezenas de pessoas longe dos exercícios da pós graduação.
A GUERRA
Os dias de batalha, melhor dizendo, os dias de filmagem, simplesmente o grupo prometido não apareceu. Não sei se devo explicações até hoje ao coordenador do curso, mas, era para as pessoas terem ido à São João del Rei conforme combinado. Uns mais dias, outros menos. Mas eu contei e os soldados desconhecidos não apareceram. Não quero saber qual o motivo de cada um, simplesmente não cumpriram com o plano previamente detalhado. A aula que tinha sido desmarcada para as filmagens se tornou um simulacro de produção para os que se diziam participar das gravações.
Depois da guerra, ainda sob o julgo de acreditar naquela tropa acabei tendo que assumir a batalha. Mesmo com os 60 dias a mais do que o previamente combinado com a pós graduação os soldados falharam na tomada de terreno e tive que transformar em guerrilha.
Passei mais de trinta dias trabalhando na média de 16 horas diárias para conseguir chegar à algum lugar. Não o idealizado lá atrás, mas o possível que hoje apresento aos meus amigos.
Nos dias mais duros e insones das filmagens, dezenas de amigos se comportaram como fiéis escudeiros. Em especial o Henrique e o Fábio e claro, meus pais. Abusei deles com a obsessão das minhas idéias e a crença na minha capacidade de produzir.
Apesar da baixa dos soldados desconhecidos dos quais não erguerei outro memorial conheci o potencial de outros grandes pilares. Falo ainda somente da produção. Ainda teve muito mais...
Um comentário:
Humberto,
Eu imagino o que você passou...
Não desista nunca dos seus sonhos...
Parabéns mesmo pelo seu talento e direção !!!
O Filme é profissional e merecedor !!!
André Victtor
www.osvampiros.wordpress.com
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